A AI21, concorrente da OpenAI no campo da inteligência artificial generativa, anunciou estrategicamente um novo aporte de $53 milhões em sua rodada de financiamento Série C, elevando o total para $208 milhões e somando $336 milhões em financiamentos, com uma avaliação de $1,4 bilhão.
Enquanto a OpenAI enfrenta turbulências internas e descontentamento entre funcionários—evidenciado por uma carta pedindo a renúncia do conselho—, a AI21 se posiciona como uma alternativa estável para as empresas. Outras empresas, como Cohere e Anthropic, também competem na área de modelos de linguagem de grande escala (LLM), mas nenhuma oferece soluções de código aberto como a OpenAI.
Yoav Shoham, cofundador e co-CEO da AI21, enfatizou a importância da escolha, robustez e segurança para os clientes corporativos. Ele destacou a abordagem de serviço “white-glove” da empresa, que adapta soluções às necessidades dos clientes—algo que, segundo ele, a OpenAI não consegue igualar.
Com sede em Tel Aviv, a AI21 conta com 250 funcionários e atraiu investidores de destaque, incluindo Intel Capital e Comcast Ventures, além de gigantes da indústria como Nvidia e Google. Em uma entrevista, Shoham expressou confiança na posição da AI21 em relação à OpenAI, embora tenha se abstido de comentar sobre os desafios atuais da concorrente.
A AI21 também acrescentou o ex-embaixador dos EUA em Israel e ex-líder da Morgan Stanley, Tom Nides, ao seu conselho. Shoham observou que a AI21 compete principalmente com a OpenAI por contratos corporativos e normalmente se sai bem em situações de competição direta.
Embora a OpenAI tenha gerado empolgação com seus LLMs de uso geral, como o ChatGPT, Shoham acredita que esses modelos podem não ser os mais adequados para aplicações empresariais. Ele explicou que o ChatGPT funciona como uma interface em vez de um modelo abrangente e não é sempre preciso para tarefas específicas. Segundo Shoham, o foco da OpenAI em capacidades amplas—atendendo mais de 100 milhões de usuários—leva a limitações no desempenho de tarefas especializadas, que são vitais para as empresas.
Em contraste, a AI21 está desenvolvendo tanto LLMs de uso geral quanto específicos para tarefas, com algoritmos robustos projetados para atender às necessidades empresariais. Shoham citou uma instituição financeira não mencionada que classificou o modelo de resumo da AI21 significativamente acima do GPT-4, ChatGPT e Claude em seus testes.
Apesar da hesitação inicial, o interesse das empresas em inteligência artificial generativa disparou nos últimos seis meses, passando de experimentos isolados para uma adoção mais ampla. Shoham prevê que, em um ano, o setor verá investimentos substanciais em sistemas de IA. “Em dois anos, provavelmente estaremos discutindo ‘sistemas de IA’ em vez de apenas LLMs”, observou, ao perceber uma demanda crescente por aplicações abrangentes adaptadas a ambientes corporativos.
Em suma, a AI21 está pronta para preencher a lacuna para empresas que buscam soluções de IA confiáveis e especializadas, em meio às incertezas que cercam a OpenAI.